sexta-feira, 21 de novembro de 2014

TABLET: SIM OU NÃO? - Professora Laís Rechinelli

Usar ou não tecnologia em sala de aula? Aceitar ou não o tablet como instrumento e recurso de ensino-aprendizagem? 

Para José Moran, as mudanças pelas quais passa o campo educacional não desvalidam as teorias interacionistas idealizadas por pensadores como J. Piaget, Lev Vigotski e Paulo Freire, (incluo aqui Frente) que defendem que a aprendizagem é fruto da interação do aprendiz com as pessoas do mundo. “As teorias continuam válidas, mas começam a ser adaptadas a um mundo conectado, no qual podemos aprender em espaços, tempos e de formas muito diferentes, num contínuo entre o encontro físico e digital, impensável décadas atrás”.

Porque não, então? Meu computador pessoal passeia pela sala de aula, bem como meu tablet, pois assim acessamos vídeos, imagens e até jogos educacionais que agregam valor ao planejado.

“(...) bom professor” ganha relevância, definindo-se em função de cinco características: conhecimento, cultura profissional, tato pedagógico, trabalho em equipe e compromisso social" (NÓVOA, 2009).

Concordo com Nóvoa (2009) e acrescento que com-partilhar é uma via de mão dupla em que os profissionais ganham e os educando também.

Chris Anderson sobre os ensinamentos no mundo real afirma que o movimento “maker” ou “faça você mesmo”, está aportado ao campo educacional, afetando a estrutura escolar, a sala de aula, conteúdos, concepção do trabalho docente e  a ideia da sala de aula como único espaço de aprendizagem.

Estamos vivendo um momento em que a zona de conforto de alguns professores deve se tornar passado, pois de acordo com a realidade o grupo docente terá de se valorizar, ou seja, se preparar, ser gentil ao partilhar ideias, ser humilde ao expôr sua dificuldades e dilemas, e tudo isso em rede, "conectado, para aprender com outras realidades e trazer para a sua os exemplos que estão dando certo”, conforme Priscila Gonsales (apud Ribeiro; Zenti, 2014).

É hora de nos juntarmos, porque unidos somos grandes.

Para Ailton L. Camargo, “(...) a principal vantagem do uso desses materiais está no fato de promover autonomia e protagonismo de maneira efetiva para os alunos, pois eles têm controle do objeto analisado, desde o horário até o local e a forma com que irão desenvolver o conteúdo”.

O touch - mistério para alguns adultos - é tato, tateio para as crianças desta nova geração. Deixe-os agir; limite-se a observar; Lembrando sempre de Frente, reflita sobre o  invariante no. 13: "AS AQUISIÇÕES NÃO SÃO OBTIDAS PELO ESTUDO DE REGRAS E LEIS, MAS PELA EXPERIÊNCIA. AS REGRAS E AS LEIS PASSA DE FÓRMULAS SEM VALOR".

Vamos nos unir, estudar, compartilhar ideias? Estou à disposição.





REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

NÓVOA, Antonio. Professores: Imagens do futuro presente, Lisboa: Educa, 2009.


RIBEIRO, Paula; ZENTI, Luciana. O impacto da pedagogia. Revista Educação. Disponível em:<http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/211/artigo330334-1.asp>. Acesso: nov. 2014.

SAMPAIO, Rosa M. W. Freinet - Evolução história e atualidades. São Paulo: Scipione, 1989.



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