O ensino da matemática na educação infantil é
um tema importante para nós professoras desta modalidade de ensino,
porque o senso comum afirma que o nosso fazer pedagógico não passa de
mero passatempo. Lorenzato em seu artigo[1], questiona este posicionamento e afirma: “Acreditar
na banalização da Educação Infantil revela desconhecimento do valor
dessa importante fase do desenvolvimento infantil” (p.02), ou seja,
as crianças pequenas têm o direito à educação e esta pode ser tão
especial, lúdica e prazerosa, que é com este objetivo que a matemática
deve ser aprendida e brincada no cotidiano infantil. O ‘efeito
dominó escolar’ a que o autor se refere, diz respeito às cobranças
existentes dos demais profissionais, quando recebem os nossos pequenos.
Isso é tão vivido por mim, mas por outro lado tenho excelentes
experiências de retornos familiares surpresos pelo desenvolvimento e
aprendizado dos pequenos nos anos iniciais da escola de ensino
fundamental. Lorenzato ao tecer alguns questionamentos como os citados, nos alerta para as consequências de “um
ensino sem base, sem suporte, sem alicerce e que dentro destes aspectos
o que se pode obter é uma aprendizagem superficial e memorizada, em vez
da aprendizagem com significado e compreensão” e definitivamente não é isso que quero para as minhas crianças. A
educação infantil se diferencia, portanto, quando se dá a devida
importância à matemática e trabalhada de forma correta, contemplando
alguns aspectos: “correspondência, comparação, classificação, sequenciação, seriação, inclusão e conservação” (p. 04). Assim é que nós professoras de educação infantil podemos, contribuir para a significação matemática em nosso dia a dia. Para o autor: (...)
as crianças possuem aquilo que podemos chamar de percepção matemática
ou de senso matemático, que é o saber decorrente das experiências por
elas já vivenciadas, uma vez que, antes e fora da escola, as crianças
convivem com formas, grandezas, quantidades, tabelas, gráficos,
representações, símbolos, regularidades, regras, etc. (p.03.) Os
meus pequenos, por exemplo, de 2 e 3 anos trazem isso nas rodas de
conversa quando dizem: “Hoje veio um monte de meninas, mas não veio um
monte de meninos”, ou como uma delas, mostrou “um monte” através da
mãozinha aberta e a quantidade menor que “um monte” através dos quatro
dedinhos da mão, juntinhos. Essas são suas vivências e experiências de
que o autor nos fala. A escuta das percepções infantis e a
aplicação das ideias de Lorenzato contribuem para responder a questão
inicial deste artigo, mas de que forma isso se dá? Segundo ele as noções
matemáticas “(...) devem ser introduzidas ou revisadas verbalmente e por meio de diferentes situações”.
, com a utilização de materiais manipuláveis, desenhos, histórias,
sempre dentro do contexto de vida dos alunos. E mais uma vez retomo:
seriam simples passatempos?
Há muito mais de matemática em uma sala de aula da Educação Infantil que podemos imaginar... |
FONTE DE PESQUISA
LORENZATO, Sergio. Que Matemática ensinar no primeiro dos nove anos do Ensino Fundamental?
- FE/Unicamp. Disponível em: <
http://alb.com.br/arquivomorto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem07/COLE_2698.pdf>
Acesso em Nov. 2014.
[1] Que Matemática ensinar no primeiro dos nove anos do Ensino Fundamental? Sergio Lorenzato - FE/Unicamp
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