quinta-feira, 13 de novembro de 2014

POR QUE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL? - Professora Laís Rechinelli


O ensino da matemática na educação infantil é um tema importante para nós professoras desta modalidade de ensino, porque o senso comum afirma que o nosso fazer pedagógico não passa de mero passatempo. Lorenzato em seu artigo[1], questiona este posicionamento e afirma: “Acreditar na banalização da Educação Infantil revela desconhecimento do valor dessa importante fase do desenvolvimento infantil” (p.02), ou seja, as crianças pequenas têm o direito à educação e esta pode ser tão especial, lúdica e prazerosa, que é com este objetivo que a matemática deve ser aprendida e brincada no cotidiano infantil. O ‘efeito dominó escolar’ a que o autor se refere, diz respeito às cobranças existentes dos demais profissionais, quando recebem os nossos pequenos. Isso é tão vivido por mim, mas por outro lado tenho excelentes experiências de retornos familiares surpresos pelo desenvolvimento e aprendizado dos pequenos nos anos iniciais da escola de ensino fundamental. Lorenzato ao tecer alguns questionamentos como os citados, nos alerta para as consequências de “um ensino sem base, sem suporte, sem alicerce e que dentro destes aspectos o que se pode obter é uma aprendizagem superficial e memorizada, em vez da aprendizagem com significado e compreensão” e definitivamente não é isso que quero para as minhas crianças. A educação infantil se diferencia, portanto, quando se dá a devida importância à matemática e trabalhada de forma correta, contemplando alguns aspectos: “correspondência, comparação, classificação, sequenciação, seriação, inclusão e conservação” (p. 04). Assim é que nós professoras de educação infantil podemos, contribuir para a significação matemática em nosso dia a dia. Para o autor: (...) as crianças possuem aquilo que podemos chamar de percepção matemática ou de senso matemático, que é o saber decorrente das experiências por elas já vivenciadas, uma vez que, antes e fora da escola, as crianças convivem com formas, grandezas, quantidades, tabelas, gráficos, representações, símbolos, regularidades, regras, etc. (p.03.) Os meus pequenos, por exemplo, de 2 e 3 anos trazem isso nas rodas de conversa quando dizem: “Hoje veio um monte de meninas, mas não veio um monte de meninos”, ou como uma delas, mostrou “um monte” através da mãozinha aberta e a quantidade menor que “um monte” através dos quatro dedinhos da mão, juntinhos. Essas são suas vivências e experiências de que o autor nos fala. A escuta das percepções infantis e a aplicação das ideias de Lorenzato contribuem para responder a questão inicial deste artigo, mas de que forma isso se dá? Segundo ele as noções matemáticas “(...) devem ser introduzidas ou revisadas verbalmente e por meio de diferentes situações”. , com a utilização de materiais manipuláveis, desenhos, histórias, sempre dentro do contexto de vida dos alunos. E mais uma vez retomo: seriam simples passatempos?
Há muito mais de matemática em uma sala de aula da Educação Infantil que podemos imaginar...
Há muito mais de matemática em uma sala de aula da Educação Infantil que podemos imaginar...
FONTE DE PESQUISA
LORENZATO, Sergio. Que Matemática ensinar no primeiro dos nove anos do Ensino Fundamental? - FE/Unicamp. Disponível em: < http://alb.com.br/arquivomorto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem07/COLE_2698.pdf> Acesso em Nov. 2014.

[1] Que Matemática ensinar no primeiro dos nove anos do Ensino Fundamental? Sergio Lorenzato - FE/Unicamp

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