quarta-feira, 8 de outubro de 2014

UMA SALA DE AULA FREINETIANA NO AGRUPAMENTO II - TURMA DA DONA ARANHA - Professora Laís Rechinelli

          A sala de aula freinetiana é um espaço vivo dentro da escola, onde a criança é o centro de toda minha atenção e  do processo educativo. Como não deixar a vida entrar na sala de aula, seja ela de crianças ou adultos? Mas, a sala de aula freinetiana não é uma coleção de estratégias utilizadas isoladamente, são sim formas de ação que, em conjunto, permitem atingir o objetivo proposto e planejado. Cada uma das atividades tem sentido se desenvolvida a partir de uma concepção cooperativa de produção. Apenas para fundamentar minimamente, o Invatiante Pedagógico de Freinet, número 5 aponta para: "O adulto e a criança não gostam de uma disciplina rígida, quando isso significa obedecer uma ordem externa" (SAMPAIO, 1989). Reflitam! Coloquem-se no lugar das crianças e também como adultos! É ou não é?? No entanto também faz parte dos Invariantes Pedagógicos de Freinet (no. 21): "A ordem e a disciplina são necessárias na aula". Bom né? Oras, como formar cidadão críticos, conscientes, questionadores se não na escola? "A democracia de amanhã se prepara na escola. Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas" (I.P. no. 26). Assim sendo do que temer? Redin (et. al., 2012) afirma que é comum estagiárias e até professoras preocuparem-se e assustarem-se com os burburinhos e as formas diretas das crianças se manifestarem. Posso dizer? Falta-lhes preparo. Entendo que a sala de aula viva é ávida de novidades. A escuta da criança proporciona-nos (professores), o trabalho interativo, o conhecimento infantil, verificar o bem estar delas, a criatividade e a cultura (para ser breve). Mas e para manter a ordem, o respeito, o domínio da classe? Alguns pessoas usam o grito e posso falar? De nada resolve. Ameaças autoritárias? Também não resolvem. Aprofundando um pouco sobre a relação autoritária, Paulo Freite (1993) apud Inbernóm (2010, p.62) afirmou: "É importante que o educador não seja autoriário, que não pense que na relação educador-educando, o único que educa é ele mesmo". Neste sentido, Freinet e Freire têm toda a minha admiração, pois o que educa é o contexto, as relações, o companheirismo, a vida. 





BIBLIOGRAFIA

INBERNÓM , Francisco. Pedagogia Freinet: a atualidade das invariantes pedagógicas. Porto Alegre, Artmed-Pensar, 2010.


SAMPAIO, Rosa Maria W. Freinet: evolução histórica e atualidades. São Paulo, Scipione, 1989.


REDIN, Marita M. et. al. Educação Infantil: cotidiano e políticas. Porto Alegre: Mediação, 2012.

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